Importante centro comercial por sua estratégica posição entre o Oriente e o Ocidente, a cidade de Alepo foi dominada sucessivamente por vários povos, entre eles egípcios, romanos e árabes. Situada no norte da Síria, Alepo (em árabe, Halab), uma das mais antigas cidades do mundo, é mencionada no Antigo Testamento, mas a existência de um povoado anterior é indicada por vestígios pré-históricos que remontam a cerca de 6000 a.C.
Ponto essencial das rotas das caravanas que uniam o Mediterrâneo ao Oriente, Alepo foi ocupada até 1530 a.C. pelos hititas, em seguida pelos egípcios, e no século XV novamente pelos hititas, que a incorporaram a seu império. Durante os séculos VI a IV, a cidade esteve em poder dos persas. No século I a.C., fez parte da província romana da Síria. Incendiada no século VI da era cristã pelos sassânidas, foi reconstruída pelo imperador bizantino Justiniano. Em 637 caiu nas mãos dos árabes e em 944 se converteu na capital do emirado de Saif al-Dawla. Foi então muito disputada por bizantinos e árabes e assediada pelos cruzados. Destruída por terremotos, transformou-se, com sua reconstrução por Saladino, em grande centro intelectual e religioso.
Mais tarde nela se instalaram, sucessivamente, mongóis, mamelucos e, em 1516, otomanos, que a incorporaram a seu império. Depois da primeira guerra mundial, viveu um curto período de independência (1920-1924), até sua integração ao mandato francês da Síria. Em 1941, proclamada a independência do estado sírio, converteu-se numa de suas principais cidades, com expressiva população, basicamente muçulmana.
Servida pela ferrovia Istambul-Bagdá, suas principais indústrias são a tecelagem de seda e algodão. Existem ainda fábricas de lã, de cimento e curtumes. Frutas, nozes secas, algodão descaroçado, trigo, cevada, uvas e gergelim são relevantes produtos agrícolas.
A cidade guarda na parte velha os vestígios dos povos que a ocuparam, restos de muralhas romanas, portas da época medieval, mesquitas e o mais famoso bazar coberto do Oriente Médio.